O INTANGÍVEL

Vejo as aves negras voando tão alto

Com a liberdade que só elas podem ter

Causando inveja em nós prisioneiros sem grades

Incitando movimentação e o grande salto

A grande tempestade então covardemente me abateu

Por entre as damas em rubro apenas passei

A grande onda varreu minha casa com sua fúria

Transportado meu espírito ao precipício negro do Ateu

Ao fundo do poço de lama foi imergido com violência

E uma mão pesada me impedia de à margem chegar

Lutei com todas as minhas forças e outras não minhas

Buscando manter minha imprescindível existência

Olhando o céu já não vejo as grandes aves a planar

Foram a procura de um novo espaço na abóbada

Precinto que seja essa a minha grande saída

Mudar o meu rumo e voltar a em mim mesmo acreditar

Então levanto a cabeça com minha fé indestrutível

E com meu arco e fecha vou caçar o intangível