CUMINITIARE/RECOMEÇAR

Não eram as noites sombrias,

Noites enlutadas, sem brilho de estrela e sem luar;

Não eram os dias cinzentos,

Dias com nuvens enferrujadas, pesadas, geladas

Que toldam o brilho solar;

Não era uma canção lutíssona

Canção como a que o vento às vezes assovia estridente ao passar.

Sua reclusão incessante, suas raras aparições, seu luto constante

Era uma batalha ferrenha

Entre o medo e o desejo de novamente amar.

No âmago do seu ser,

Mais pungente que o terminar

Era o assurgente recomeçar,

Era um incômodo medo de amar...

Um incômodo medo de amar!