Flores Absurdas!
Agrido o silêncio com minha mudez, alto,
Pescoços torcidos, dormindo de ponta cabeça,
O fio estendido mal entende a síndrome,
Equações sem soluções, dívidas em moedas correntes,
De tudo o que está em volta, nada se basta,
O problema que cria problemas em abundância,
Sem resolver os problemas passados, dos encalhes,
Sonoplastia da dúvida, do choro, do que pensa & deseja,
O que rejeita, os rejeitados, o que não abdica,
Corre o fio em busca de um passo mais firme,
Isola o beijo, mal fecha as pernas, enroscos,
Outra linha interrompida, sobras de campanhas,
O que já é passado ainda vira cobrança desnecessária,
De tudo que foi feito, nada teve o devido valor,
Nada é igual, pode ser apenas semelhante,
De tudo que se põe por diferença, tropas invertidas,
Amaros para ladeiras, subidas descontentes, salubres,
Quanto maior a angústia, mais arde a fogueira,
Borrachando pela madrugada, lanterna & afogados,
Até o último copo derrubado, marcas caindo depressa,
Todos os poros vazando algo mais que solidão,
Carne esfacelada, um sofá, outra noite em falta!
Peixão89