Flores Absurdas!

Agrido o silêncio com minha mudez, alto,

Pescoços torcidos, dormindo de ponta cabeça,

O fio estendido mal entende a síndrome,

Equações sem soluções, dívidas em moedas correntes,

De tudo o que está em volta, nada se basta,

O problema que cria problemas em abundância,

Sem resolver os problemas passados, dos encalhes,

Sonoplastia da dúvida, do choro, do que pensa & deseja,

O que rejeita, os rejeitados, o que não abdica,

Corre o fio em busca de um passo mais firme,

Isola o beijo, mal fecha as pernas, enroscos,

Outra linha interrompida, sobras de campanhas,

O que já é passado ainda vira cobrança desnecessária,

De tudo que foi feito, nada teve o devido valor,

Nada é igual, pode ser apenas semelhante,

De tudo que se põe por diferença, tropas invertidas,

Amaros para ladeiras, subidas descontentes, salubres,

Quanto maior a angústia, mais arde a fogueira,

Borrachando pela madrugada, lanterna & afogados,

Até o último copo derrubado, marcas caindo depressa,

Todos os poros vazando algo mais que solidão,

Carne esfacelada, um sofá, outra noite em falta!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 27/06/2007
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