"Correntes deste rio de sangue"
Rio de sangue que corres neste leito,
Neste leito de farpas e matança.
Neste leito onde perco a esperança,
A esperança com que hoje já não me deito.
Sonho hoje com um rio de agua sem turbulência,
Mesmo desmentido pela minha experiência.
Acordo hoje com o som da corrente ,
Que me percorre a espinha escapando a tangente.
Estas aguas turbulentas onde navego,
São as aguas de um novo rodeio.
Onde me perco sem medo nem sossego,
Onde sou pescador sem credo.
Quem és tu que insistes em invadir estas minhas aguas de sangue,
Com esse olhar frágil e essa presença tão leve.
Quem és tu cujo pensamento e de que o sangue já não se derrame.
Neste sonho sangrento mas tão breve.
Jose Pina,11 Outubro de 2015.