Gritos que te calam

Es irresistíveis aos meus toques sutis e compassados

No tatame em que lutamos pelejamos por deleites a fios

Nesse ritual frenético em desejos dementes vibram

Meu sadismo e meu dedo estarão sempre em riste

Assim abrimos os cabeçalho das madrugadas aluadas

Em que as cortinas reluzentes das noites se fechem

As aspirais de gritos hilários cortam o véu do hall

No palco de tua pele veludosa em gritos morrem delírios

E ainda eu com o dedo em riste sabendo que não resistes

Inventos rituais desacertados afoitos de tesão que enlevas

Em fartura meus beijos deslizam e minha língua cálida

Associam-se as tuas vontades e aos gritos que te calam.