Desencontros
Sinto-me como se Macfly e Brown, perdidos no tempo,
Sem saber se me encontro no futuro ou no passado,
Ao ver que os valores por que lutei, que tenho amado,
Não tem valor no presente, são meros contratempos.
Gritamos pelas ruas os anseios para ouvidos moucos,
Ninguém mais ouve o que temos a dizer, pura vaidade,
Encastelados em suas soberbas de donos da verdade,
Inexiste o diálogo, troca de idéias, tornamo-nos loucos.
Tantos livros são escritos, lidos somente pelas capas,
Sentimentos profundos expostos e nem mesmo sentidos,
Perdemos a capacidade de ouvir e de sermos ouvidos,
No afã de tergiversarmos sobre tudo que nos escapa.
Mesmo não sabendo de algo, com a devida propriedade,
Declina-se como papagaios, sem sequer ouvir a resposta,
Vomita-se a verborragia inútil e sem sentido, pura bosta,
Sem concluir, até mesmo, se algo tem fundo de verdade.
Tornamo-nos prisioneiros em nossos mundos particulares,
Nestes castelos semidestruidos em que ora nos refugiamos,
Exibindo as melhores roupas rotas e puídas que, julgamos,
Assim nos protegemos da vida, no que chamamos de lares.
Vivemos enclausurados em nós, em meio a desencontros,
Receosos de que roubem estes nossos maiores tesouros,
(que não têm valor algum, garanto!), à espera dos louros
Por termos deixado de viver e morrido criando monstros.
Sinto-me como se Macfly e Brown, perdidos no tempo,
Sem saber se me encontro no futuro ou no passado,
Ao ver que os valores por que lutei, que tenho amado,
Não tem valor no presente, são meros contratempos.
Gritamos pelas ruas os anseios para ouvidos moucos,
Ninguém mais ouve o que temos a dizer, pura vaidade,
Encastelados em suas soberbas de donos da verdade,
Inexiste o diálogo, troca de idéias, tornamo-nos loucos.
Tantos livros são escritos, lidos somente pelas capas,
Sentimentos profundos expostos e nem mesmo sentidos,
Perdemos a capacidade de ouvir e de sermos ouvidos,
No afã de tergiversarmos sobre tudo que nos escapa.
Mesmo não sabendo de algo, com a devida propriedade,
Declina-se como papagaios, sem sequer ouvir a resposta,
Vomita-se a verborragia inútil e sem sentido, pura bosta,
Sem concluir, até mesmo, se algo tem fundo de verdade.
Tornamo-nos prisioneiros em nossos mundos particulares,
Nestes castelos semidestruidos em que ora nos refugiamos,
Exibindo as melhores roupas rotas e puídas que, julgamos,
Assim nos protegemos da vida, no que chamamos de lares.
Vivemos enclausurados em nós, em meio a desencontros,
Receosos de que roubem estes nossos maiores tesouros,
(que não têm valor algum, garanto!), à espera dos louros
Por termos deixado de viver e morrido criando monstros.