A MORTE DE UM POEMA

Ouça este poema querida

Foi escrito em simples papel

Estas rimas são de vida

De um amor que foi fiel

Veja as letras mal traçadas

Que por amor foram roubadas

Letras que fizeram nossa música

Traços doentes que foram de suplica

Não consigo mais ler este poema

Ele não comporta mais a tristeza

Agregou-se num triste teorema

Letras de malícia sem esquema

Esse poema deixa meu amor forte

Mas sinto estar próximo a morte

Letras amarelas que se desvanecem

Como as dores em mim desaparecem

Por esse poema nós envelhecemos

Não é tudo aquilo que queremos

Deixo tudo escrito nesse papel

Mas na memória, tudo vai para o céu.

JCFreitas