SONHO INOCENTE
SONHO INOCENTE
Deito a minha face
Sobre a face da noite... e durmo.
Com as estrelas divido espaço.
No infinito e largo céu
Recebo das nuvens regaço.
Sonho com querubins.
Largas asas que me abraçam,
Transportando-me a serenas águas.
Nesse instante o vento me beija,
Me sacode e me enlaça.
Dias nas noites!
Veleiros sobre espumas
Deslizando em sorrisos,
Escrevem um conto
Com reticência e ponto.
O beijo molhado do amado
É licor bebido no cálice rosado.
A brilhante lua parte sua luz serenada
Sobre a face desta noite encantada.
A claridade perene do sol
No horizonte desponta.
A madrugada se despede
Na lágrima do orvaho.
Amanheceu! O sonho acabou
A noite em dia se transformou.
Jair Martins 17/06/07 - 10h50