Medo de amar
 

Um delírio
Afugenta-me da margem
Que enrosca os meus sonhos
E surge o medo como hábito
Num grito farto
Atirei-me com ânsia
Sem conhecer a paixão
Que decorre em vida
E em que prazer
Consiste a dor que canta
Na vertigem
Do exílio vem o medo
Grifando no rosto variações
De um desejo escrito
Em um painel da vida
Na harmonia descuidosa
Calei-me no intervalo
Entrei na noite
E parti madrugada adentro
No rosto
Nem sonho nem medo
Quebrei em raios
O meu pranto




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 22/10/2015
Reeditado em 22/10/2015
Código do texto: T5423452
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