Balada da noiva novinha

Estava tão sossegado em minha lida,

bruscamente e inesperadamente apareceste.

Há tempos passei por tanta coisa nessa vida,

que logo penso num futuro longinquou quase celeste.

Menina, com qual autoridade vieste,

me olhando com esse olhar morteiro.

Como quem não queria nada, deste um tiro certeiro,

tirou-me o norte com um vento oeste.

Não consigo ter ânimo para nada,

queres que eu aprenda a dançar nova balada,

a sair mais de casa e sentir novas emoções.

Não consigo ter ânimo para nada,

queres e insiste em ser minha noiva amada,

agora, quando me acostumei a ser só cheio de ilusões.

Minha morena, se ainda tiveres devolução,

te oferecerei para teus pais.

Deixe-me atoa com os meus ais,

e por clemência, entrega o meu coração.

Ranyelle Augusta
Enviado por Ranyelle Augusta em 21/10/2015
Reeditado em 22/10/2015
Código do texto: T5422839
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.