Ancora

Ancora

Sou o teu veneno

E a tua cura

Só não sei a dose certa

Sou pequeno

Nesse teu grande mundo de procura

Mas eu deixo as portas abertas

E os lugares onde estive não traduzem onde eu queria estar

Só o teu olhar ve a minha alma

E me mostra o mar

Me acalma

E me faz querer amar

Estamos perdidos

Com pressa

Em achar sentido

No que não interessa

Não vamos nos achar

Em nenhum lugar

Crie raízes, meu bem

De que adianta esse vai e vem

Correr em circulos

Fugir de você mesma e de mim

Se no fim ciclo

Teus espinhos e flores

Carinhos e amores

Florescem no meu jardim?

Deixa eu ser a asa da imaginação que te faz voar

Deixa eu ser a ancora nos pés que te fazem atracar

Ramon Rodrigues
Enviado por Ramon Rodrigues em 21/10/2015
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