Ancora
Ancora
Sou o teu veneno
E a tua cura
Só não sei a dose certa
Sou pequeno
Nesse teu grande mundo de procura
Mas eu deixo as portas abertas
E os lugares onde estive não traduzem onde eu queria estar
Só o teu olhar ve a minha alma
E me mostra o mar
Me acalma
E me faz querer amar
Estamos perdidos
Com pressa
Em achar sentido
No que não interessa
Não vamos nos achar
Em nenhum lugar
Crie raízes, meu bem
De que adianta esse vai e vem
Correr em circulos
Fugir de você mesma e de mim
Se no fim ciclo
Teus espinhos e flores
Carinhos e amores
Florescem no meu jardim?
Deixa eu ser a asa da imaginação que te faz voar
Deixa eu ser a ancora nos pés que te fazem atracar