sem titulo 11

“Durmo em desesperos profundos

Tormentas em cálices puros

E infectados de ambições

Sonho estar metafisicamente vivo

Quero entrar em transe profundo

Acordar ao fim do dia

Voltar a dormir na manhã seguinte

Falo poeticamente da desgraça,

Sublimo meu resfriado coração

Ao passo da sua rotina

Vôo aos vazantes ares novos

Tudo era sempre esperado

Tudo vilmente escorraçado mar adentro

E as lágrimas já não ardem tanto,

Tanto que nem as tenho

Tento não ser-te sonho

Tento estar no dia, em dia

Em grande letargia com o mundo

Nem sempre tenho sorte;

Hei, ainda não vá embora...

Mostre-me como se sorri

Leva meu sangue e o destile”

Ouro Preto, 26 maio 2007)