Uns versos ao pé do muro
Musa minha... Ó cobiça de minha pena,
Em teu lindo vestir-se, verde e rubro,
Tal qual célula sutil do sol de outubro
Ou talvez mesmo só graça terrena...
Que tu caias, em mim, pra mim, pequena,
Com teu riso de boca avermelhada.
Pra que eu, em tua carne adocicada,
Me sacie e, no sumo da tua essência,
Observe e absorva a transcendência:
A grandeza divina em quase nada.