A CONCHA E O LIVRO
 
Eu quero o silêncio absoluto
da concha imaculada
que adveio de origens brumosas,
de distâncias não medidas.
 
Eu quero a mudez total
das letras que dormitam
no livro fechado pelo tempo,
repousando em páginas amareladas.
 
Eu quero entender a concha
em sua espiral desafiadora
cheia de eco de uma época.
 
Eu quero saber das letras
o som maravilhoso das palavras
que se libertarão com minha descoberta.
 
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 20/10/2015
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