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DEIXO QUE O MEU PEITO GANHE UMA COR DESBOTADA
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DEIXO QUE O MEU PEITO GANHE UMA COR DESBOTADA
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Morte,
ouso encontrá-la!
Ah! E desde aí,
sem dúvida, soprando profecias em meu ouvido!
Balancei a minha cabeça,
pois,
de alguma maneira,
entendo o que você diz...
Balancei a minha cabeça,
pois,
de alguma maneira,
entendo o que você diz...
Encontrei-me!
Encontrei-me?
Mas onde?
Sabendo-me
carcaça,
mais um passo mordido
conduziu-me.
Conduziu-me?
Cheguei.
Mas onde?
Eu já sabia,
essa noite
com os seus olhos estrelas às avessas,
olhando-me...
ora... noite...
ora!
Noite estrambótica!
Morte,
as horas
as horas
são sempre as mesas.
De resto,
já não conheço mais.
Estrangeira!
Estrangeira?
Examinei-me fora.
Entressonhando,
dentro da vida,
existindo menos do que ela,
Ah! Num cenário,
apesar de tudo,
carne.
Carne?
Carne!
Predestinada à falência da matéria,
mundo boca cova!
Cova?
Cova!
Que brota porão,
intervalo
diante de mim,
dormências nas pernas...
Ah, o meu corpo anda estranho conquistando as suas falências...
Dei-lhe as costas antes mesmo
que terminassem de falar as minhas células.
Bordada de veias estéreis,
eu já não me importo...
Pode soar o seu gentil murmúrio,
joguei por terra as minhas armas,
não me parece tão terrível assim...
dormências nas pernas...
Ah, o meu corpo anda estranho conquistando as suas falências...
Dei-lhe as costas antes mesmo
que terminassem de falar as minhas células.
Bordada de veias estéreis,
eu já não me importo...
Pode soar o seu gentil murmúrio,
joguei por terra as minhas armas,
não me parece tão terrível assim...