Navegar é preciso
Navegar é preciso
Pois o poeta não vive
Sem flutuar
Sem decifrar o mistério da órbita
É preciso
Pois a verve é veloz
Voa como pássaro
É preciso
Pois o poeta
Não tem lar
O poeta é do mundo
Assim como seus versos
E seus desejos de gozo
Navegar é preciso
Mesmo que não haja
Uma única gota d’água