________________ABRE-SE EM MIM O TEMPO________
NUM ESPIRAL SUBLIME DE CÉLULAS...
Deixo-me levar, poeira,
a minha lira
cantando as horas.
É tempo de abrir os braços
junto às margens de pele,
flores de mim
para o norte do outono.
Deixo-me levar no
tempo que em mim é fortaleza e não ruína.
Descortina-me
a vida!
Disseca-me o tempo...
Mas não me assusto!
O tempo em mim será sempre a
docilidade da infância,
o que vejo em mim transcende a matéria,
é o tempo alma!