Flores ao vento
Com o passatempo de contar flores
Vai demorando-se a semear sementes de amor no dia
E a guardar o tempo em pedaços de singeleza
Delicada contagem de pétalas, uma a uma a cheirar
Exalando-se de perfume suave que a brisa traz
E vai tecendo o tempo
Com flores que o vento leva no ar.
Semeando sementes
E recolhendo as folhagens murchas
Amareladas a guardar num caderno
Borboletas a voar
Um dia sagrado quando a natureza em festa vem dentro da gente morar
Um doce versejar.
E ao passar dos meses ver-se as sementes brotando
E lá dentro do caderno o que parecia findo
É lembrança mais linda de um dia a brincar.
Folhas amareladas do tempo contrastam com novos brotos desabrochando
A vida fiando-se e refazendo-se
e a alma em véu a se desfolhar.
Paula Belmino
Esta é nossa inspiração no ensaio fotográfico de hoje
Vejam completo no blog : http://paulabelmino.blogspot.com.br/2015/10/flores-ao-vento.html