THE CHRISTIFY
O ANAMATEMA DO PURITANA
 
 
Indomável mundo
criado junto
ao vazio composto
das coisas velhas
do mundo antigo
perversidade
não quer o excesso
quer o mínimo vagando
o intimo por perto
cada vez mais perto
querendo ser você
querendo mais de você
desejando perder
o que você precisa aos poucos
o primeiro louco
sobe as paredes
feito aranha
o momento de kafka
criando asas
nas falas oriundas
da noturna mágica
do mesmo mundo
que as tardes mornas
agora é suspenso
“há uma cruz no alto
ela cega olhos”
torna pequeno
tudo que é imenso
o acaso é um segundo
andando por perto
o inferno tem sempre
as portas abertas
“quer o céu azul
temos as cores desejadas”
o desejo infantil
de tudo que é fútil
cresce e pode morrer
logo ali
ele percebe o encontro
agora sabe do outro
desce o sinistro nos olhos
aqueles do pouco
que são muitos
do “muito”
que tem poucos
cresceram no abismo
da cólera
o mal encarnado
de carne ferida
qualquer bem
será bem vindo
ela pediu num gesto
sorriso de menina
“moço da nave espacial
não quero ir a lua”
prefiro a rua
não gosto do medo
lá de cima
deixe um recado
do bocado
que tem sua vida
vou levar pra casa
esta é minha sina...