PÁSSARO FIDELIDADE
Deus sabe o quanto te amo,
e como isto tem sido importante
ao meu inquieto espírito.
Esta é uma linguagem sem metáforas,
mas os frutos dela estão prenhes.
É o meu “balde despejado”,
água cristalina.
Para exsurgir a Poesia
– benfazejo pássaro liberto –
necessária é a verdade no coração.
Quase trinta anos Dela,
a musa de meus ais,
e o meu estro
(de cinqüenta e uns..., psiuuuuu!)
não tem tantos contares mais.
O eterno é uma asa aflita,
batendo, batendo.
Não tem esta contagem surda.
Amar é a gaiola aberta
do pássaro Fidelidade.
- Do livro OVO DE COLOMBO. Porto Alegre: Alcance, 2005, p. 45
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/54178