Silêncios,,,
O corpo se desfaz
Na terra que dorme.
Em cujo olhar
O fragor das batalhas
Nem sente os nevoeiros
Da memória!!
Uma data, um nome,
Um momento apenas!
Em vão preparo um chá
Pra esses fantasmas!
Que perdidos na enchente luz....
Fugiram dos retratos.
Antes assim, um barco ,
Bem vagaroso!!!!!
Cuja posse se demora.
Misteriosa essa, condição
De poema não escrito.
Que da vontade de criar raízes.
Num estranho mundo.
Que de súbito trás,
Uma ideia louca.
Um gosto de nunca.
Como tênue luz.
Um gosto de sempre,
Luz que de repente....
Ó delicioso voo!
Entre as palavras.
Quando agora a sós ficamos
A soluçar através do tempo
Rimas de outrora,
De olhos, que dantes vivos
Lera restos de umas,
Páginas que deixara interrompida.
Não quero o baú dos mortos.
Tão pouco gritos nem a dança dos ossos
Pra escalar esses silêncios
E escrever alguns versos.
O papel é acolhedor.
A caneta benfazeja
Creio ter chego a tempo!
De seguir o voo desse balão.
Triste, solitário e ferido.
De belezas dentro da noite.