corpore sano

Corpore sano

Somos invólucros das dores,

Tanto do amor quanto do ódio...

Desamor ostentado viver-se.

Somos a casa cobrindo emoções,

Sentimentos de raiva ou paixão,

Avivados em certa querência

Em sofreada desanimação.

Somos o cofre guardador

Das joias trazidas pelo tempo

De torpor ou discernimento...

Somos o começo e o fim

De cada elemento,

Furtivos e esquivos somos

O que se deixou chamar

De improvisos, escravos

Dos luares e suas marés...

Meses, anos, pores de sóis

Desmembrados dos sentidos.

Somos a dúvida do não arguido,

Pendões vividos a esmo

Entre as mentiras verdades

De cada momento acontecido.

Somos enfim, o que faz sentido.

Sergiodonadio.blogspot.com

Editoras: Saraiva,Perse,

Clube de Autores, Amazon.

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 14/10/2015
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