NAVE DO DESASSOSSEGO:

Ao progresso dos nefastos

Tudo vinga sem parar.

Para-brisas, para-choque.

Para-raios, para-sar.

Parangolé, parafusos.

Parapente, paraquedas.

Parapeito, parabólica.

Tudo fica como está.

Para tudo, não dá mais!

Para o mundo, não aguento!

Vou migrar pro’utros locais

Que não tenha tanta crença...

Não possua caifás.

Pare, eu quero descer!

Dessa nave de trapaças

Dirigida pelos tais...

Que vertem o verde das matas,

E aos que ela apraz.

Negociam os que lhe habitam

Sem parecer dos cocais.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 14/10/2015
Código do texto: T5414609
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