GRANDES NAVEGAÇÕES
No redescobrimento,
feito nos mares revoltos do facebook,
cometeu equívocos pequenos,
mas, desestabilizadores de “leme”.
O mais “labiríntico”,
não levar em conta
o meio século já passado.
Aquele não era mais o que conhecera.
Tinha biografia fechada,
embora, por ser “kósmico”,
estória aberta, escancarada.
Dirigiu-se, um deslize,
para entrar na biografia.
Usou rota confusa,
pendente dos ventos,
com luz de lua,
e mapas “internáuticos”.
Não contou com a “calmaria”,
não achou onde aportar.
A solicitude e o tempo
trouxeram-lhe o “mar de Almirante”
que lhe possibilitou o entendimento,
permitiu-lhe o refazer-se,
reorganizou-lhe as emoções.
Constatou apenas,
coisa boba, corriqueira,
não ter percebido
a sutil e poética diferença
entre “querença”,
ato de querer,
apego,
e “querência”,
coisa do coração,
saudade instintiva,
quase animalesca,
do rincão onde nasceu.
Vencido o "Cabo das Tormentas",
corrigiu a rota;
rumo ao da "Boa Esperança".
Aí, então... sossegou.