Abô dos axés.
Eu aquietado e pensativo e quase sem rumo
Dentro da imensa noite fria que não findava.
Ouvia nas montanhas uivos de alcateias
Compondo lívidas canções inertes e vazias!
Diante aos meus olhos, os cenários funestos.
A empregar anônimos e discrepantes corpos.
Em um ritual, cáusticos coros de vozes moíam;
Embuçadas em delituosas e patéticas alegrias
Tomando o espaço um corpo paralisado gemia
No alienado festival da noite demente e intrépida.
Velas magras se acendiam a iluminar os fatos
Vislumbrantes e agarrados de copiosos prantos
Tridentes e armas enrustidas em vis fantasias
Inominados vultos bebiam em cálices suas proles
O sacerdócio sentado a uma ornamentada bancada
Erguesse e com o abô dos axés borrifa todo o abacá!