Há tanto...
Há tanto tempo,
que não paro para escrever.
Há tantos momentos,
que acabo por deixar desvanecer.
Há tanto...
e tanto há.
Dentre rimas e versos,
não sei o que falar.
Entre tempos e momentos,
esqueço de escrivinhar
tudo o que já colhi,
os frutos que plantei e meu filho colherá...
Há tanto...
Tanto tempo que não paro para escrever...
O que é de mim,
se já não tenho mais o que ser?
Há tanto que,
deixei de ser quem sempre fui
para ser alguém que tenho que ser
pois, nessa sociedade, uma hora ou outra, iria perecer...
Há tanto e o tanto que há,
são meus pretéritos tantos
que hei de retornar.
São todos os cantos
que jamais fui capaz de cantar...
Há tanto...