Há tanto...

Há tanto tempo,

que não paro para escrever.

Há tantos momentos,

que acabo por deixar desvanecer.

Há tanto...

e tanto há.

Dentre rimas e versos,

não sei o que falar.

Entre tempos e momentos,

esqueço de escrivinhar

tudo o que já colhi,

os frutos que plantei e meu filho colherá...

Há tanto...

Tanto tempo que não paro para escrever...

O que é de mim,

se já não tenho mais o que ser?

Há tanto que,

deixei de ser quem sempre fui

para ser alguém que tenho que ser

pois, nessa sociedade, uma hora ou outra, iria perecer...

Há tanto e o tanto que há,

são meus pretéritos tantos

que hei de retornar.

São todos os cantos

que jamais fui capaz de cantar...

Há tanto...

Luís Fernando Pedro Paulino da Silva
Enviado por Luís Fernando Pedro Paulino da Silva em 13/10/2015
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