Pingo de Gente
Cansado, lírico sorridente enfadonho, tristonho, pobre e demente.
Sádico sátiro, o enforcado marcado nas terras de ninguém.
Um sorriso astuto esquecido no passado e morto no presente.
Cavaleiro sem cela, cavalo indomável, perdido e selvagem nas selvas de concreto.
Sorriso pintado, puro teatro, servo brinquedo do caos, se esgueira na própria loucura aguardando seu julgamento.
Quem dera pudera ser eras deveras nada teria além de tempo.
Talvez assim, quem sabe, no topo do mundo ausente fosse capaz, de por um milésimo de segundo, ser pingo de gente.
E assim de forma única e explicida, sem medo e sem culpa, sorrir...
Verdadeiramente.