LOUCURA

Loucura é caminhar a deriva

nas caladas da noite,

olhando a lua que nos ispira a

a cantar em suave melodia

os versos que saem d'alma

retratando o nosso momento,

ora alegre, ora triste

e assim vamos levando

o nosso poetar sem parar,

pois a parada é dor

e nela não podemos ficar.

Somos seres mágicos,

alquimicos e tudo podemos

fazer com o nosso pensar

que flui poemas para o ser

que amamos,

para o amor,

para todos que merecem serem amados.

Eis me aqui a navegar ao som dessa

balada que me enlouquece

e a sana loucura toma conta do ser

que canta e sem medo de dizer

do amor que sente, da procura,

dos caminhos em noites errantes

em busca do seu ser amado

para que possamos camiharmos

lado a lado

e não mais nessa distância infinda.

Dolorida como um punhal cravado.

Ser louco é se permitir ser amor

e não termo medo de gritar ao mundo

Somos amor,

Vivo amor e por ele morreremos

com todo o orgulho de nossa alma.

Loucura é duetar sem se conhecer,

mas deixando a alma cantar essa

melodia que nos acalma nessa noite

dolorosa e quase finda.

Mais eis que chega e lembro-me da

máscara que retirei

e nua perante a vida

sigo meu caminhar

levando meu cada dia mais

para essa imensidão de mundo

onde sou apenas um

peregrinar do amor

em minhas caminhadas solitarias

tendo apenas a lua como companheira

E voce, perdida nesse mundo

Mas um dia iremos nos encontrar

e ai reverenciamos a nossa

sana loucura

com taça de cristal

e vinho rose

da cor do amor

que somos.

zelisa camargo

22.05.77

22.53

ZEL
Enviado por ZEL em 01/03/2005
Código do texto: T5412