À força de ser criança
À força de ser criança
A força do momento
Induz à graça da maria,
Penso o quanto poderia
Fazer, se tivesse tempo...
Mas chega a saudade
E a esperança vasculha
O momento descuidado,
Não há futuro ou passado
Nessa derrota. São inúmeros
Os perigos que entrevejo,
Pena não possa combatê-los
Mas a paz de não pode-lo
Me sacia pois os vejo menores
Que meu dia e meu dia finda
Logo cedo... Outro dia,
Sem saudade ou esperança,
Virá mostrar um mundo que
Me leve de adulto a ser criança,
Sorrirei a ciranda num motivo
Qualquer d’uma maria com
Um laço de fita cor de rosa...
Então a força anormal
Desse momento
Morrerá por ser sem força
Contra a paz de viver
De eu menino.
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