SOLIDÃO:
Assim como o frio de agosto lava mágoas,
Insiste, não passa – fura-me os ossos!
Dilacera o coração.
Sob o sol, se parece amena
Ao ocaso, quão espectro em cena,
Assusta feito o riso da hiena.
Das donzelas, ternas falenas,
Alçam voos para uma nova
Primavera...
Aos trovadores, aplaca o frio
Sobre o sal da inspiração.
Ah! A solidão.
Essa bela fera
É sonho ou razão!