Gula de luar...

O meu olho nasceu com enorme gula de luar.

Ninguém lhe ensinou, nem foi da lua o mistério:

numa noite, do nada, esse olhar se prostrou para lua.

E quase foi preciso uma bruxa e porção para fazer

este olhar se soberanizar e seguir vida de homem...

É que de tanto viço do meu olho para a lua, a boca deu-se

de silenciar; o coração de aloucar-se, e tudo virou poesia!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 10/10/2015
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