EU E MINHAS ALMAS...
Aqui, comigo vivem, tenho certeza,
Tres almas, na mais doce convivência.
E que, ficam comigo nas horas de alegria,
Brincadeiras e algazarras com meus netos
Minh' alma de criança, descontraída
Brinca contente, feliz, sem queixa da vida
Assim, esta criança, em mim, aparece!
As vezes penso que minha alma, não cresse.
Sonha, e até, uma adolescente, parece!
Depois, desiludida chora, sofre, padece
E na angustia, a beleza da vida, esquece
Na salada de sonhos e pesadelos, dispersos
Vai cantando, chorando e escrevendo versos...
E, agora, esta alma de "mulher de trinta"
Que o amor, suas entranhas, arrebenta
Na fúria da paixão, que lhe atormenta.
E, na extensa tela da sua vida, pinta
Em se tratando de amor,
Um belo futuro promissor.
Mas, uma luz, repentinamente, a alerta
E, um receio enorme, a faz, prudente...
A vida, ao que parece lhe indica
O nascer de um amor, talvez, impossível,
Mas, com certeza... um amor, inesquecível...