Sou como novelo

Sou como um novelo de lã embaraçado...

cujo começo não se acha

e cujo fim não se vê...

Há algo mais enroscado

lá... onde?

no começo?

Novelo azul,

novelo verde,

preto,

vermelho...

Novelo feito de

insônias,

fantasias,

expectativas,

sonhos,

frustrações.

Neste multicolorido, confundo

dor com amor,

começo com fim,

fim com renascer.

Busco-me e não me acho.

É um “pega-pega” sem fim.

Que fazer com tantas pontas

que levam a lugar algum?

Edméa G. Neiva

junho/2007