Um sopro do futuro

Em uma noite escura, sem lua, sem estrelas

O ceu anemico, destituido de beleza

A terra, desduna de suas flores

A fauna, que não é mais que pinturas e cançoes

Em gingantescos televisores

Ninguem viu a lua debandar

Não percebemos os mares secar

A fauna, a flora e tudo que é vida

Murchar

Mas o que significa toda essa morte

Diante das conquistas de nossa raça

Não precisamos de mar, nem de rio

Pois nossa agua por maquinas são produzidas

Não precisamos de fauna ou flora

Pois nossa alimentação é por nós produzida

Nossas sensassoes, em nossos cerebros induzidas

O que é a vida, quando já superamos a morte ?

Há quem diga que matamos o nosso planeta

Pois nele nada vive sem que nós o queira

E não queremos vida alem da nossa

Mas que intenção há em trazer a terra

Uma vida menos bela

Do que a vida de milhores de vidas

Unidas em uma unica vida

Não há separação,

A união é o que nos tornamos

Por nossas atividades cerebrais

Induzidas

Há quem diga que isto é uma prisão

Mas como podemos estar presos se não ha mais limites para nossos sonhos

Podemos ir para locais, planetas e ate mesmo eras distantes

Apenas com a força de nossa vontade

E nossa magica tecnologia

Nem de corpos realmente precisamos

Pois tudo o que precisamos

Manipulamos

E as maquinas, mais adequadas

Sobjugamos e controlamos

Muitos temeram quando apagamos o sol

Quando nos isolamos dos demais planetas

E nos tornamos errantes sobre o cosmos

Mais como isto pode estar errado

Se agora somos nossos proprios deuses

Não precisamos fazer nada que não queiramos

E ainda sim por vezes, sinais unitarios se debatem

Como querendo voltar para a primitiva prisao do corpo e da individualidade

Mas qual o valor da unidade quando vivemos na totalidade ?

Conquistamos o espaço

Conquistamos o tempo

Somos os senhores soberanos de tudo que nos concerne

Há quem diga que estamos no inferno

Mas como podemos, por vontade propria e unanimidade, nos condendar ?