Jeito de poetar
Na chaleira velha capim santo
Se esvai na brisa um cheiro de chá
Espinheira santa cura meu pranto
Sem espinho a me incomodar
Choro afinando o meu canto
Num canto o silêncio de esperar.
Flauta doce adoça o encanto
Um perfume suave vaga no ar
A vida revigora sem espanto
Uma melodia vem me tocar
Sorrio afinando em acalanto
A alma alegre expressa no olhar.
Gotas de mel um sabor de recanto
Quando mesmo vem me inspirar
Se o meu verso te alegra tanto
É que meu canto tem o dom de encantar
Eu preciso te dizer, portanto...
Esse é o meu jeito de poetar.