Jeito de poetar

Na chaleira velha capim santo

Se esvai na brisa um cheiro de chá

Espinheira santa cura meu pranto

Sem espinho a me incomodar

Choro afinando o meu canto

Num canto o silêncio de esperar.

Flauta doce adoça o encanto

Um perfume suave vaga no ar

A vida revigora sem espanto

Uma melodia vem me tocar

Sorrio afinando em acalanto

A alma alegre expressa no olhar.

Gotas de mel um sabor de recanto

Quando mesmo vem me inspirar

Se o meu verso te alegra tanto

É que meu canto tem o dom de encantar

Eu preciso te dizer, portanto...

Esse é o meu jeito de poetar.

Ademar Siqueira
Enviado por Ademar Siqueira em 08/10/2015
Código do texto: T5408859
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