Onde estás?
Em cada palmo de terra eu perscrutei;
varri, olhei... e nada.
Cada duna da praia eu palmilhei;
corri, deitei... e nada.
Gritei, sondei...
eco não houve;
respostas vagas... e nada.
Onde te encontrarei?
Custei a acreditar.
Tu, logo tu, mulher,
que disseste descobrir
em mim o teu amor?
Tu, logo tu, menina,
que me amaste com ardor?
Entendo tua ausência.
Mas é difícil calar
quando te sinto distante,
se não ouço tua voz
e não vejo teu olhar.
Lá no fundo do meu ser
eu sei onde te encontrar
mas a razão é mais forte
e aceitar é meu dever;
fico só, procurando,
escutando os sons que vêm das ruas,
tentando ouvir a resposta
no silêncio da noite...
Onde estás?