UM POUCO DE ARTE

No funil

do fim do dia

se agitam algumas alegrias

As alergias

que tenho das mentiras

As inquietações

de cumprir meus objetivos

que são barris

exigentes de energia

l

Escarafuncha uma coceira

por entre os meus dedos

pedindo por letras

atleta este meu ser

em ir buscar a poesia

na veia,teia

ou em qualquer ventania

que traga a inspiração na poeira

No fuzil

início da noite

cheio de polvóra

mira o céu

meu projétil de estrelas

é de festim

dá trabalho puxar o céu

pra baixo

girar a lua

fazer uma festa

nos postes da rua

Mas nas tricheiras

o baluarte

do meu ser cansado

ainda é trazer

você pra parte

dos anos lentos

que assim se revelam

nas coisas que tem arte

Helena Istiraneopulos
Enviado por Helena Istiraneopulos em 25/06/2007
Código do texto: T540629
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