LILITH E O FRUTO PERVERSO
LILITH E O FRUTO PERVERSO
Inocência pobre inocência
anda pelas trevas
com medo da noite
anda pela selva procurando
a lua entre as nublas
cinzas de um fogo
que queima apenas lá fora
o poder quer ser do além
quer ter do além
do além nada pertence
o além é livre
o além tem leveza
come as entranhas da noite
enquanto dormem
perambula pelos sonhos
os pesadelos são pequenos
sinos da torre esbelta
na altura das pedras
esguias fibras góticas
de limo e tempo
o símbolo da morte
o martírio do errante mago
consola
pelo espírito que invoca
olhos claros do imenso
subjulgam pequenos
sobre os pés tem presas
que fendas desçam rios
inocência tão leve perdida
o peso invisível
é a tolice vulgar
do verme de toga preta
nos dias claros
o colorido disfarce
penetra na alma
quieta ovelha no pasto
a fortaleza do sinistro
tem o mesmo nome
o vício da indolência consigo
tem o mesmo nome
aqueles assassinos
queriam o segredo da vida
o desengano oferece repulsa
o acaso faz temer no absurdo
nascem os confrades
da “nova história”
o que foi sempre será
pequenas memórias
num livro de amostras
só viverá pelo medo
eu tenho o medo como herança
inocência pobre inocência...
LILITH AND FRUIT PERVERSE
Innocence poor innocence
walk through the darkness
afraid of the night
walks through the jungle looking for
the moon between nublas
ashes of a fire
burning just outside
power wants to be the beyond
You want to have the beyond
otherworldly nothing belongs
the addition is free
the addition has lightness
eat the evening bowels
while sleeping
roams the dreams
the nightmares are small
bells slender tower
at the time of stones
Gothic slender fibers
limo and time
the symbol of death
the martyrdom of wandering magician
console
the spirit that invokes
clear the huge eyes
subjulgam small
on his feet has arrested
that cracks come down rivers
so light innocence lost
the invisible weight
It is the usual nonsense
the worm black gown
on clear days
the colorful outfit
penetrates the soul
quiet sheep in the pasture
the sinister fortress
has the same name
the vice of sloth can
has the same name
those murderers
They wanted the secret of life
the disillusionment offers revulsion
chance does the absurd fear
born confreres
the "new history"
what has always will be
small memories
a book of samples
just shall live by fear
I have fear as heritage
poor innocence innocence ...
MUSICA DE LEITURA: https://youtu.be/n9RVyEy6SKQ