extrema unção
Extrema unção
É mais doído, às vezes,
A ausência dos presentes
Que a presença de ausentes...
A morte, aceita como fato,
Traz na foto a continuidade
Próxima da realidade,
Discutida válida ou fingida...
A ausência aí se torna limitada
Ao momento da voz sumir
Entre suspiros e gemidos...
E a lembrança sobre a cômoda,
Um chapéu, uma bolsa,
Um sinete esquecido entre
As necessidades válidas
E as desnecessidades lustras
De algumas luvas desvestidas
Para um último brinde...
À verdade destituída...
Que o valha.
Sergiodonadio.blogspot.com
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