extrema unção

Extrema unção

É mais doído, às vezes,

A ausência dos presentes

Que a presença de ausentes...

A morte, aceita como fato,

Traz na foto a continuidade

Próxima da realidade,

Discutida válida ou fingida...

A ausência aí se torna limitada

Ao momento da voz sumir

Entre suspiros e gemidos...

E a lembrança sobre a cômoda,

Um chapéu, uma bolsa,

Um sinete esquecido entre

As necessidades válidas

E as desnecessidades lustras

De algumas luvas desvestidas

Para um último brinde...

À verdade destituída...

Que o valha.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 02/10/2015
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