MORTE
O dia se foi,
a escuridão se fez
O vento uivante,
a brisa gelada
e a luz, lá distante,
aos poucos apagada
no escuro semblante
de trevas cerradas
Céus de luto,
sem luz,
sem barulho,
Silêncio e breu,
sem estrelas,
sem brilho
Nem a lua nasceu
O trem não correu
a apitar pelo trilho
O sapo não coachou,
tão pouco cantou o grilo
O dia acabou
A vida morreu
O sangue secou
A noite não nasceu