Poema Anônimo - data desconhecida
Faz séculos que em batalha estou.
Cansado me estão os braços.
O fardo que os heróis carregam
É feito de sangue e agonias completas...
Contudo, ainda posso ver mais ao longe
O aroma acre das verdes campinas
De minha terra natal...
Onde estarão meus irmãos, amigos, pais?
Lutarei por amor a eles...
E por esse sentir,
Sairei em caçada rumo aos céus...
Alistei-me para a Guerra das Gerações
Nossa Senhora, a mãe de todos os Elfos,
Acordou a manhã de versos escritos nas árvores.
Ela me quer mais fortes que as montanhas...
E me faz crescer ao topo dos mundos...
Sua voz faz adormecer aos meninos
E acordar aos guerreiros
Para batalhar contra os sangrentos Anjos.
Minha mão pode até cair,
Mas nossos ideais de liberdade
Jamais cairão pelo solo...
E se ainda formos ao chão todos...
A semente caída crescerá em árvore nova...
Completa de vigor e esperanças...
Minha Deusa, jamais me deixou.
Sua paz transborda da terra
Vivificando nossas armas,
Nosso desejo de liberdade.
A ela dedico estes pobres versos
De poeta que nada sabe de poesia,
De um simples soldado de sua grandeza.
Oh, perdoe-me se um dia me sumir de sua leira,
Mãe de minhas asas.
Não será por mal...
Sairei discretamente pela porta dos fundos...
Como quem cumpriu a última missão...
Como quem escreve um verso
Num perdido hino
Agora cantado pelos infantes.