Dentro do silêncio da solidão
vagando por descaminhos
tateando o caminho
aguardo um novo amanhecer.
Ouço o silêncio que grita
as silenciosas lembranças
e a desmedida saudade...
E nesse eloquente tormento,
espectro do padecimento,
abafo o grito agudo
dessa insossa dor.
Me desfaço, desaconteço...
e dentro de mim nada amanhece.
Lanço-me ao prólogo
e parto num voo vertiginoso,
numa caminhada errante
pelos becos da solidão
em busca do azul do horizonte
e com a certeza do vazio frustrante
da chegada.
* Dezembro de 2014
Do meu Diário/Blog, "Rabiscando Emoções".