Chegada do Outono
O outono chega amanhã,
Estação dos meus encantos,
Nossas arves de manhã
Brilham ao Sol dos espantos.
O arbusto que cantei
Tem as folhas matizadas
E o aloendro que amei,
Ainda com flores rosadas.
As folhas de tons bem quentes,
Entre a ramagem viçosa,
São para mim os presentes
Por vos cantar, carinhosa.
Mas algumas já cairam
E rodam no chão ao vento,
Co'o calor do v´rão secaram,
Soltando-se sem lamento.
Todos os dias dif'rentes
As arves do meu jardim,
Como nós seres viventes,
Ledas por serem assim.
E a estação vai entrar,
Rogarei a nosso orago,
Quando chover e ventar
Não venha causar estrago!
Lisboa - Portugal