DESALENTO
Estou assim:
barco sem rumo,
sozinha vogando
eu vou pelo mundo,
sem rota concreta,
sem ter uma meta,
sem ver quase nada.
Que me importa a dor alheia,
se a minha é bastante e me chega
para encher meus dias vagos?
O futuro é um ponto escuro,
um ponto escuro no mapa,
que não me aponta o caminho,
não me diz onde os espinhos,
sequer me indica a estrada.
O que vejo é só um muro,
e uma porta fechada.