CATIVO

Cabra sarado como eu

Qu'inda não caiu ante cabresto algum

Nunca há de se acaboclar perante um rabo-de-saia.

Esta berbere geradora de causos

Me tira como quixote

Mas, nunca diz cousa alguma.

"Amor platônico, sem igual, o meu

Onde sei de nunca fazer amor

Fazei-me para de berregar esta noite."

Nada distante, meus doces maneios

De encanto, quero almenos aquelas pomas nuas

Tirando-a do rebuço onde se abstêm

Se conformando, sem opção, com este serôdio.

Quantas ulnas distante

Apenas um vislumbre na memória:

- Como esquecer se a quero tanto?

E todos os efes-e-erres no peito

Sendo do seu eido, já cativo.

Sezar Kosta
Enviado por Sezar Kosta em 29/09/2015
Código do texto: T5398090
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