Revoada
Uma paleta de cores,
por trás de palavras agrupadas,
transmuta dores nos poemas em revoada.
O poeta,
com seu coração terno,
desenha o etéreo quadro do eterno.
Se fiel o sentimento,
as folhas brancas de papel
revoam gaivotas no firmamento,
que voltam pintadas de azul e de sol.
Como avermelhado arrebol
quando o dia se vai de partida,
a poesia tem o condão de colorir a vida.
E mesmo na noite escura,
o poema reflete o brilho da lua
para enternecer a alma que se desnuda.