FATAL
Tua boca fisgada pelo arpão da língua
desejo que lambe a pele do ombro
e soletra o teu nome entre os seios
boca que me promete sôfrega
outra dose de ardor
e se entrega toda ao meu beijo
abro as asas do sentimento
e respiro nos teus cabelos
minha febre de amor
Quem me tira dos teus braços?
o tempo envelheceu à porta do quarto
a noite acordou
e o verão queimou a ponta dos lençóis
onde gestamos nossos sonhos
uma nos braços da outra
raízes entranhadas na terra quente
do ventre, parindo gemidos em flor...