FATAL

Tua boca fisgada pelo arpão da língua

desejo que lambe a pele do ombro

e soletra o teu nome entre os seios

boca que me promete sôfrega

outra dose de ardor

e se entrega toda ao meu beijo

abro as asas do sentimento

e respiro nos teus cabelos

minha febre de amor

Quem me tira dos teus braços?

o tempo envelheceu à porta do quarto

a noite acordou

e o verão queimou a ponta dos lençóis

onde gestamos nossos sonhos

uma nos braços da outra

raízes entranhadas na terra quente

do ventre, parindo gemidos em flor...

ROSE VIEIRA
Enviado por ROSE VIEIRA em 28/09/2015
Código do texto: T5397642
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