QUEM SABERÁ
QUEM SABERÁ
E refletireis nas veras espumantes
Abrumastes das águas salgadas,
E gritareis nos ventos
Voador do abafamento, sufocante.
E vestireis tuas saias de areia
Desde os montanhosos gigantes,
E soprareis teus mares até erupções vulcânicas,
Castigando o fogo
E a fumaça traspassante
Esparzir-se-á no céu diurno
Querendo ser noite, mas a lua não estará ali,
Nem o sol ficara nos olhares;
E não te dareis por conta
Das mudanças que acontecem na tua volta;
Nos teus pensamentos
Só apareceram os ideais de um oásis
Que o deserto não conheceu;
E exclamareis calada a tua histeria
Mas, não entenderão.
Só quem sente o seu silencio
Ligando-se aos sonhos,
Carentes e cheios de saudades,
Só aquele saberá o porquê
Da sua boca dormida.