pra agora, mil anos
Nada é pra agora,
E ainda não aprendi cultuar o espirito,
Neste mundo,
As ruas são tão sujas.
Nada é pra agora,
Não desejo morrer nos próximos,
50 anos,
Mas, despreza teu corpo, é tão mortal!
Nada é pra agora,
E as palavras ditas
Sem souber dos versos,
São tão mentiras.
Nada é pra agora,
E deito tão sutil,
Durmo perturbado,
Há uma légua de mim mesmo
Sem meus passos!
Nada é pra agora,
E como ainda cato sobras,
O relógio marca o tempo,
Eu marco seus olhos,
E você marca minhas palavras,
Ficar em silencio, lhe diz muito.
Nada é pra agora,
Festivo é quando estou bêbado!
Nada é pra agora,
E já chegamos tarde a nós mesmo.
Nada é pra agora,
Costumo subir a gruta só!
Nada é pra agora,
E o fio dessa nossa esperança é longo,
Nada é pra agora,
E a igreja nos fala tão mal!
Nada é pra agora,
Nem o poema,
Nem o poeta,
Nem as palavras,
Como eu deveria viver mil anos...
Agora!