Matinta Perera
Quando contrariada,
Se manda na mata apressada;
Com muita dor,
Ela grita em silêncio até sair de mulher.
Há quem diga...
Que ela vira porco;
Há quem diga que ela vira pássaro.
Matinta Perera,
Quando sai no terreiro,
A entoar o seu canto;
Quando sai nas noites sem cura,
A assoviar a sua tristeza...
Faz dos jovens meninos e
Dos velhos senhores autores de um medo incomum.
Na hora parada,
Sem passo e nem estrada...
Ela surge do nada,
E quando se pensa num animal serial,
Vem aquela velha desarrumada,
Com cabelo imenso, com olhos vermelhos
E garras afiadas.
A fazer o frio desesperador tomar conta da alma.
Se fechas os olhos e ofereces tabaco,
A maldição entrega a identidade da mãe da mata fechada